segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mediunidade Inconsciente

 Escrito por XAMÃ

Não vou falar sobre dar passagem, mas sobre desenvolver a mediunidade sem saber, ou seja, de forma inconsciente, estendendo-a para algo que fazemos, como escrever ou desenhar.

Todos somos seres espirituais, e em cada ser humano a mediunidade se manifesta em graus diferentes, podendo ser algo que sentimos ou apenas “impressões”.
 

Estava falando recentemente com um amigo que não via fazia tempo, entre uma conversa e outra ele me perguntou se eu ainda lia Edgar Allan Poe. Seus livros foram um dos primeiros que eu li em inglês, e na época que o conheci sempre tinha alguns livros dele na minha mesa.

Enfim, mais tarde lembrei de um conto do mestre do terror: 
 “THE NARRATIVE OF ARTHUR GORDON PYM OF NANTUCKET” (O Relato de Arthur Gordon Pym, no Brasil), que falava de um clandestino (Arthur) que depois de um motim e um naufrágio fica com um grupo de 3 marinheiros à deriva, que desesperados de fome e sede decidem que um deles será canibalizado.

“Sem oferecer resistência alguma, Parker foi esfaqueado às costas por Peters e foi-se de nós sem um suspiro. Evitarei narrar os detalhes do repasto pavoroso que se seguiu.”



O marinheiro em questão chamava-se Richard Parker, que junto com os demais tiraram a sorte no palito para ver quem seria morto.
O conto por si só já é assustador, porém em 1884, cinco décadas depois da publicação do livro de Poe, um crime chocou a Grã-Bretanha: Os três homens mais velhos do barco Mignorette (que havia naufragado) decidiram matar e comer o mais jovem deles. 

O nome dele? Richard Parker.
 



Outro acontecimento intrigante:
Morgan Robertson, um escritor americano publicou um romance chamado “Futilidade” sobre um transatlântico chamado Titan, considerado “inafundável”, tinha duas orquestras a bordo e o número mínimo de botes salva-vidas, mas afundou em sua viagem inaugural depois de bater em um iceberg.

Plágio do Titanic? 
Não, o livro foi escrito em 1898, 14 anos antes do Titanic bater em um iceberg em sua viagem inaugural, e sua construção se iniciou em 1909.O livro também traz uma riqueza de detalhes muito parecidas com o Titanic e até os números técnicos são bem próximos. O mesmo Robertson escreveu mais dois livros intrigantes:

Em 1905 ele escreveu um romance em que um submarino tem um periscópio e reivindicou para si a invenção do artefato. O seu pedido de patente foi recusado, pois ficou provado que desde 1902 a Marinha americana trabalhava em um artefato semelhante, porém o trabalho era secreto.
Um ano antes de morrer, em 1914, Robertson em seu romance “Além do Espectro” descreve uma guerra entre os Estados Unidos e o Japão. No livro, os japoneses não declaram guerra antes de começar o ataque ao Havaí. 

Desnecessário dizer que anos depois Pearl Harbor foi atacada por japoneses sem terem declarado guerra.


Claro que posso estar sendo tendencioso, mas os relatos e o modo como os exemplos acima decorreram podem indicar um verdadeiro relato de algo futuro que possa ter sido mostrado de forma inconsciente pelos autores, julgando ser apenas criatividade lírica.
Porém, se formos observar de uma maneira mais realista percebam o seguinte: já deve ter acontecido com você, com um amigo parente etc, sonhar com uma pessoa, falar dela depois de ter ficado muito tempo sem sequer pensar nela, então de repente você tem notícias de que ela morreu, casou ou algo assim.

Lembro do relato de um morador de rua aonde ele disse que nunca tinha pintado na vida, até que escutou uma voz dizendo que ele devia se levantar desenhar, então ele saiu desenhando a cidade toda, e o faz até hoje.

Meu padrasto morreu recentemente, não gostava dele por isso nunca contei nada aqui, mas lembro que na véspera de sua morte sonhei duas vezes que perdia meus cabelos, apareciam buracos na minha cabeça e de lá saía muito sangue. Na noite anterior a que ele morreu tinha feito os pratos que ele me ensinara a fazer, e fiquei falando dele para Valerie, ela estranhou e perguntou o que eu tinha já que nunca gostava de falar do meu padrasto.

Obviamente impressões, sinais, conversas que tiveram comigo no espiritual, que foram traduzidas em sonhos e lembranças.
A grande questão é saber interpretar de forma correta, e não deixar sua vida se transformar em algo puramente simbólico, ou deixar que qualquer coisa seja vista como presságio.
 

A vida é cheia de mistérios, cabe a nós decifrá-los e não complicar ainda mais.


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