quarta-feira, 30 de março de 2011

O Suicídio


Me ocorreu este tema, após ver a morte de uma atriz recentemente nos canais de comunicação.

No bilhete de despedida, além de se desculpar com os filhos pequenos, culpava algumas pessoas pelos seus infortúnios da vida e que agora partia para se encontrar com o noivo, que havia se suicidado poucos meses atrás por causa de drogas. Queria encontrá-lo do outro lado da vida e trabalhar como guia espiritual.

Mais confuso e obtuso, difícil.

Não estou aqui para julgar o caso, e nem posso. Sou humana como todos e tenho muitos defeitos também.


A vontade de se "desligar" desta realidade sempre existe quando passamos por momentos difíceis, perdas de entes queridos associados a depressão, dependência de drogas e frustrações.
O problema é que nesas horas, vibramos de forma extremamente negativa e assim, acabamos atraindo entidades baixas, obsessoras, vampirescas e até alguns pequenos demônios.
Todos querem um naco de carne, de energia, nos sugam e ajudam a terminar de nos destruir.
Somos o que vibramos. Se temos pensamentos ruins, pessimistas, de ódio, raiva, rancor e morte, atrairemos entidades simpatizantes a esses sentimentos.

Se apesar das dificuldades, queremos seguir em frente, queremos ser otimistas, estamos lutando, e ainda ajudando aos outros, guias espirituais elevados, entidades benéficas e até anjos podem nos ajudar a passar pelas interpéries da vida.
Tudo depende de que tipo de companhia queremos para perto de nós.


Do outro lado da vida, infelizmente ninguém passa a mão na cabeça de suicida.
O investimento de uma vida encarnada na terra, é muito grande. Começa com a escolha dos pais, escola preparatória para encarnar. Ajuda de entidades superiores para fazer a passagem para o mundo vivo sem problemas e com saúde, guias auxiliando nas escolhas e protegendo das más ações o tempo inteiro, a vida toda.

Quando a pessoa, desgostosa e frustrada acha mais fácil, se "desligar", a frustração dos guias e entidades benéficas que ficaram ao lado dessa pessoa a vida inteira é muito grande, e boa parte meio de vira as costas para ajudar quem realmente está precisando e querendo ser ajudado na terra.


Daí quando o suicida desencarna, torto, sem auxílio e sem ninguém querido para receber-lo, acaba caindo em níveis muito baixos, com mais desencarnados suicidas, perdidos em suas confusões mentais, entidades obsessoras, entidades vampirescas e demônios.

O inferno? Não sei, mas com certeza não é um local agradável.
Pessoas que desencarnam de morte natural, mas também estão confusas com seus sentimentos e vibram muito forte sentimentos de rancor, ódio, depressão e vingança podem também acabar nos níveis mais baixos como os suicidas.

É simples: Diga-me como tu pensas e te direi para onde vais.

O suicídio é um atraso na evolução do espírito. Ele perde as oportunidades em terra de evoluir com seus proprios erros e crescer. Todos nós temos momentos bons e ruins. O importante é saber aproveitar os momentos bons, os amigos e pessoas queridas.

Tudo passa. Se demora demais para passar, acenda uma vela e peça proteção, peça para que te guiem e clareiem o seu caminho.
Os guias estão perto de nós o tempo todo e as vezes só esperam a gente abrir a porta para eles poderem entrar e ajudar.

A vida na terra é um presente precioso, caro e necessário.

Usufrua sem moderação.


O personagem de Robin Willians procura desesperadamente sua esposa, suicida, que foi parar nos níveis mais baixos da espiritualidade. Apesar da sua esposa estar numa profunda depressão por ter perdidos os dois filhos adolescentes e depois o marido em um acidente, nada atenuou o fato de ser uma suicida e ter tirado a própria vida para se desligar da dor.
Do filme "Amor além da Vida".

sexta-feira, 25 de março de 2011

Médium de Passagem


Escrito por XAMÃ:



Recentemente pesquisei na internet sobre o termo "médium de passagem" e para minha tristeza, encontrei apenas referências esparsas e algumas citações em textos sobre espiritualidade, mas nada falando diretamente sobre o assunto. Humildemente me proponho a elucidar o que vem a ser um médium de passagem, relatando aqui minha experiência pessoal e fazendo uma breve avaliação do tema em suas diversas facetas.

Primeiramente, devemos compreender o significado da mediunidade, para então tratarmos sobre a passagem:

Médium vem do latim, medium (médio, meio), um termo bem correto, pois a pessoa dotada de mediunidade age em meio a dois planos: o físico e o espiritual.

Os médiuns tratam diretamente da comunicação com os espíritos, as vias mais comuns se dão por contato visual (clarividência), auditivo (audiência), ou ambos (clariaudiência); Maneiras mais "discretas" também denotam mediunidade, tais como sentir cheiros ou simplesmente ter sensações (a famosa intuição). Sonhar também pode ser associado à mediunidade, pois através dos sonhos temos contato com outros seres e com os desencarnados, além de termos visões do futuro, seja por meio de simbologia ou a cena de fato. Há outras formas bem conhecidas da mediunidade, como a incorporação (aonde age o médium de passagem), e a psicografia (amplamente difundida e conhecida após o fenômeno Chico Xavier).

Métodos de adivinhação tais como runas, cartas, búzios etc envolvem espiritualidade (até para acreditar no que a sorte está dizendo), mas ser médium não é algo necessariamente obrigatório. A capacidade intelectual de entender corretamente a posição e o significado das cartas e búzios pode ser sim, melhor do que a interpretação de um médium nato sem inclinação para a leitura da sorte.

Que fique bem claro:

TODO ser humano possui espiritualidade com diferentes níveis de mediunidade, o que difere o médium de fato para uma pessoa comum é o seu grau de sensibilidade com o espiritual.

Há pessoas que vêem espíritos com tanta clareza que podem correr o risco de as confundirem com os vivos, enquanto as pessoas "comuns" não percebem a presença de um morto nem que ele esteja na sua frente gritando! Explicações à parte, vamos ao foco do meu texto: o médium de passagem. Falando a grosso modo, médium de passagem é a pessoa que cede seu corpo para um espírito, (em sessões religiosas pode ser vários, um vindo após o outro). Trata-se de uma possessão consentida, aonde o médium permite que o espírito adentre no mundo físico agindo pelo seu corpo como um ser encarnado. O próprio termo "reencarnação" consiste nisso re-in-carno (latim também, "retorno a carne"), conforme brilhantemente explicou um dos maiores especialistas em TVP do Brasil, Dr. Livio Tulio Pincherle em seu livro "Terapia de Vidas Passadas".

Incorporação e Possessão


Embora sejam parecidas, existe uma diferença enorme: a incorporação envolve concentração, um alinhamento com o espírito ao qual está aguardando a entrada no mundo físico pelo corpo do médium, já o ato puro de ocupar um corpo, muitas vezes à força, sem consentimento da pessoa (ou melhor, vítima), isso se chama POSSESSÃO, um problema que acomete muitos médiuns de passagem que não tem/tiveram tratamento espiritual adequado, e geralmente são taxados de loucos, esquizofrênicos etc.

Clique aqui para ver o Post: Entre a Loucura e a Mediunidade.

Dar passagem não é apenas permitir que outro espírito ocupe e controle seu corpo, é muito mais profundo do que isso, é ceder a um desencarnado a passagem ao mundo físico sem necessidade de reencarnar, e, permitir assim que o desencarnado pratique a CARIDADE, e utilize a mediunidade do vivo para se fazer presente no mundo material. O espírito através do médium realiza curas, passes ou simplesmente conversa com outro encarnado, dando conselhos e ajudando as pessoas. Pode ser que seja apenas por uma, poucas ou várias vezes, mas o ato de dar passagem deve ser muito bem encaminhado e estudado, deve haver DISCIPLINA por parte do médium, pois os médiuns de passagem trabalham com uma linha de entidades das quais se harmonizam de acordo com sua vibração e este elo é, muitas vezes, pela vida toda.

Há casos em que um guia pode aparecer e PEDIR passagem, como por exemplo “Tio André”, guia espiritual de José Henrique, filho desencarnado de Mulher Gavião que desejava falar com ela mas precisava de um encarnado para poderem conversar melhor.

O médium de passagem e a Umbanda

Em centros de umbanda os médiuns de passagem são essenciais, pois as entidades dessa linha agem através dos seus corpos, se comunicando, dando passes e conselhos aos encarnados.

As entidades costumam chamar (e não chamam por ofensa ou desprezo, é apenas modo de falar) os médiuns de “cavalo”, “burro” ou “aparelho”. E em cada médium age um grupo específico de entidades. Na umbanda “dar Passagem” é o ato do guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Eu por exemplo sou da “linha da mata”, e por herança paterna tenho a linha da esquerda da Umbanda, então apenas determinadas entidades trabalham comigo, elas se harmonizam com a minha energia e juntos trabalhamos pelo bem, pela caridade.

Ser um Médium de passagem

Eu acredito que seja uma sensação diferente para cada um, logo talvez o modo como eu esteja descrevendo aqui não seja do mesmo modo como outro médium de passagem se sinta, mas vou tentar explicar como EU me sinto dando exemplos da forma mais simples possível:

No ínicio era necessário muito mais concentração como tudo que é novo, pois ainda é algo inexplorado, desconhecido e com o tempo não digo que vai se tornando mais fácil, mas sim mais familiar.

Digamos que é como escutar uma música e "adentrar" nela. Imagine uma música que você gosta, a qual você gosta tanto que ao escutá-la você se desliga do mundo, te traz uma lembrança, e você se perde na música, está tão envolto nela que esquece de tudo a sua volta, se concentra tanto que deixa o som levar você. Talvez seja um concerto de rock aonde você faz parte da banda e toca com todas suas forças ou um fã enlouquecido na platéia. O fato é que você não está mais na sua casa, mas em um show de rock! Você não é mais você mesmo, é o vocalista famoso gritando a plenos pulmões para uma platéia ensandecida! Seu corpo e mente foram levados para longe por vontade própria, mesmo sendo de forma inconsciente.

Posso dizer que é assim, quando é em um centro de umbanda você se concentra no cântico, então é como se mais alguém que nós não vemos dança conosco, o espírito relaxa, e aos poucos vem uma vontade de fechar os olhos e se entregar a música por completo, então por fim você dorme, mas é diferente do sono, não sinto sono, sinto uma energia poderosa me envolvendo, deixo ela me consumir até fazer parte dela então perco a consciência então o que se passa depois eu honestamente não lembro, já houve casos em que sonhei com algo que aconteceu enquanto estava inconsciente, como se fosse um espectador, mas sempre dias, semanas ou meses depois mas via de regra eu não lembro mesmo, nem sinto os efeitos das preferências das entidades; mesmo que algumas bebam ou fumem eu acordo plenamente sóbrio e sem vontade de fumar (até porque não sou fumante), no máximo fico apenas um pouco enjoado do cheiro de cigarro.

Pode-se dar passagem sem necessidade de música? Claro, na verdade a posessão se dá muitas vezes sem música mas em lugares impróprios e contra a vontade do médium como já falei acima, mas há sim, meios de ceder passagem a um espírito fora de centros e sessões.

Relatando como acontece comigo, digo que é como sentir uma vibração, como se meu corpo se multiplica-se, minhas mãos se "soltam" de mim e aos poucos vem vibrando de volta até se encaixarem em mim novamente, como se vestisse uma luva, e quanto mais essa "roupa" se ajusta ao meu corpo mais eu perco a consciência até eu "sair do ar" de uma vez. São maneiras diferentes de explicar o mesmo acontecimento.

Dar passagem ou não?

Erradamente atribuem o fato de não dar passagem a uma ou mais entidades o atraso na vida das pessoas. Talvez a colocação de um pai de santo ou médium em geral não seja bem explicada.

JAMAIS seres de índole boa vão causar algum tipo de infortúnio para uma pessoa que não deu passagem a eles, mas então muitos podem questionar o porquê de sua vida ter ficado tão melhor depois de dar passagem ou se estavam atrapalhando seus caminhos, negócios, sua vida enfim, só para serem "forçados" a dar passagem.

Meu caro colega médium de passagem: Eu digo que não é nada disso, acontece que se você não der passagem, os espíritos que deveriam estar ao seu lado, aconselhando, auxiliando e PROTEGENDO, não estarão próximos, então simplesmente se algo ruim acontecer eles não podem intervir, pois não estão ao seu lado. Foi escolha SUA estar longe deles, logo não reclame por eles não estarem por perto lhe ajudando. Muitos reclamam dizendo que isso é chantagem algo como "me dê passagem ou não te dou nada". Não é assim, não funciona assim.

IMPORTANTE:Se você for médium de passagem mas não quer dar passagem (ou quer parar de fazer isso) então faça uma oferenda e os demais trabalhos necessários para que possa de forma educada dizer as entidades que você simplesmente não quer isso para sua vida. São espíritos evoluídos, vão entender e respeitar sua opinião.

A recompensa

Dar passagem NÃO VAI torná-lo rico, não vai lhe dar superpoderes, nem nada demais, como brinco quando alguém me pergunta como é dar passagem:
"Não sei, eu estou dormindo, basicamente eu apago."

O mesmo vai ser para os demais, basicamente você vai apagar colega!
O ato em si eu tentei descrever acima, e eu estou sendo honesto, além de perder a consciência nada muito além disso acontece.

O que vem DEPOIS é um entendimento maior da vida, sonhos e visões que mostram coisas lindas, ou explicam muitos dos “porquês” da vida, ou um presente de uma entidade contando um pouco dela mesma, não para se vangloriar mas como um bom amigo que resolve abrir um pouco de sua intimidade (pois agora você faz parte desses amigos), uma relativa estabilidade emocional e econômica (repito: dificilmente você ficará rico ), uma sensação de dever cumprido, e até um conforto maior ante situações tristes como a perda de um ente querido.

É doloroso nos afastarmos de quem amamos, mas é reconfortante um amigo do espiritual “abraçá-lo” e gentilmente se comprometer a ajudar no processo de adaptação dos recém desencarnados.

Além, disso é muito gratificante um estranho agradecer pela ajuda, é muito gratificante poder ajudar o próximo, poder ajudar um espírito bom que seja mais bondoso ainda, e é muito bom o sincero "obrigado".

De nada meu irmão, e não precisa agradecer, literalmente sou só o instrumento.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Liz Taylor


Elizabeth Taylor (1932-2011) desencarnou tranquilamente ontem, ao lado de seus filhos.
Eternizada para sempre em seus inúmeros filmes de sucesso, ganhou dois Oscars e amou intensamente a vida como ninguém.
Mas apesar da pressão da fama, de Hollywood, dos paparazzi e dos inúmeros maridos, tenho certeza que o que mais ajudou Liz Taylor chegar até os 79 anos foi a caridade.

Dois filmes lhe renderam o Oscar: Disque Butterfield 8 e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? Em 1993 ela ganhou um Oscar humanitário em reconhecimento aos trabalhos de caridade. Nos últimos anos, ela investiu em pesquisas sobre a Aids.
Liz usou sua fama para ajudar os mais necessitados. Desde o começo, quando a AIDS surgiu, Liz lutou ferozmente contra a discriminação dos doentes e lutou muito por uma cura.
Foi a primeira "celebridade" que lutou contra uma doença até então desconhecida e fatal, sem cura e sem vacina.
Liz sempre defendeu os direitos dos homossexuais e muitas outras causas.

Liz veio a este mundo e brilhou, amou como ninguém e ajudou muito ao próximo.
Com toda certeza eu concordo com as palavras de seu filho:

-"Minha mãe deixou um mundo melhor."

Descanse em paz, bela Liz Taylor. Sua beleza, seu talento e sua generosidade ficarão eternos nesta terra.
Até a próxima, nos reencontraremos com certeza.

domingo, 20 de março de 2011

O Médium e o Fanfarrão


Escrito por Xamã

“Você se acha especial? Acha sim.

Eu posso ver nos seus olhos.

Posso ver quando você ri para mim.

Quando me olha por cima, quando me cerca.”
- Limp Bizkit, My Way

No recente feriado de carnaval, passei na companhia da minha namorada Valerie. Entre conversas relembramos o caso de um rapaz conhecido dela, o Alex. Antes de começarmos a namorar, Alex vivia na casa dela, um legítimo fã de animes, um otaku.

Entre uma bobagem e outra, ele dizia que a casa de Valerie era mal assombrada, que lá existia uma criança havia sido morta e até hoje andava com um tiro na cabeça e blá blá blá. Nessa época ela namorava com outra pessoa, mas ainda assim Alex insistia em vê-la, até que por fim ia com ela para todos os lugares. Nisso começou a revelar fatos desconhecidos da minha namorada sobre ela mesma:

“- Você não é humana, é meio anjo e meio demônio! Você tem um demônio que serve como seu protetor, ele se chama Ceifador!”

Valerie ria.Não levava a história a sério e pedia para ele parar de falar besteiras. Mas dias depois voltou com mais uma "pérola", agora então sobre o namorado dela:

“- Valerie, seu namorado fez magia negra! Para salvar a vida dele você precisa terminar com ele, pois só assim o Ceifador vai se acalmar e deixar ele em paz! E como eu sou muito amigo do Ceifador ele disse que você tem de namorar comigo!”

Foi o fim da picada. Por educação ela deixava de dizer muita coisa, mas depois dessa ela falou tanta coisa para ele que por meses ficou sem dar sinal de vida. Quando Valerie enfim terminou seu relacionamento anterior, Alex apareceu do nada (na verdade todos os ex e pretendentes apareceram), mas até então ele não sabia que ela já estava comigo. Estávamos esperando um tempo para dizer aos conhecidos que estávamos namorando, então como Alex não sabia de nada, deu um pulo pra trás quando chegou na casa dela dando de cara comigo.

Apresentei-me a ele como namorado atual, então ele me respondeu:

“- Bom o Ceifador tem um recado pra você direto do além...”

Nem quis escutar o resto da marola. Eu odeio gente que trata o espiritual de forma tão desrespeitosa e vulgar. Geralmente ignoro esse povinho, mas juntei isso ao fato dele ficar em volta da mulher que eu amo, me irritei, fui até ele e o peguei pelo pescoço:

“- Um espírito evoluído diria que você é um irmão que está em uma fase incial de aprendizagem, e que eu não deveria julgá-lo. Mas eu não sou tão evoluído assim. Gente como você que inventa mentira pondo espírito no meio pra ver se arruma uma garota não merece nem pena, você é ridículo! Apareça aqui de novo e eu vou te mostrar um demônio de verdade seu m...!”

Quando o soltei, ele saiu correndo e nunca mais o vimos. Outro dia no no Msn ele dizia a amigos que (pasmem!) ia em viagem ao Egito dar aulas de simbologia! Claro que com algumas perguntas ele foi desmascarado.

Daí sumiu de vez. Isso foi há meses atrás. No carnaval recebemos um amigo meu, Antônio (meu colega de trabalho e otaku também, mas não tão exagerado). Entre conversas lá e cá veio o assunto do Alex. Contei que ele dizia ver coisas, falar com espíritos e que via as pessoas não humanas (caso da minha Valerie, meio anjo e meio demônio hehehe), entre outras "pérolas".

“- Ele é da Liga da Justiça.” -disse Antônio.

“- O quê?”

“- Cara, sempre tem um babaca que diz ter "poderes". Então a gente (otakus e nerds em geral) diz que ele é membro da Liga da Justiça.”

Antônio tem uns acessos típicos de Otaku: inventa umas brincadeiras sem graça, mistura coisas de animes na vida real etc, mas nunca o vi exagerar nesse ponto, e a piada da "Liga da Justiça" ficou perfeita, uma boa sacada.

Não sei nem o porquê de eu ficar tão chateado com isso. Na verdade sei: O mundo espiritual vem sendo por vários anos massacrado/banalizado de todas as formas por tantos meios (cinema, livros, pessoas, etc) que quem trata do outro mundo de forma séria se aborrece. Espiritismo é coisa séria, não falo apenas da religião, mas do tema em si. Médiuns não são seres exóticos que ficam em templos cercados de serviçais orando e cheirando incenso todo dia.

Certa vez vi uma mulher na casa de um amigo, dono de um terreiro, ela perguntava aonde meu amigo estava. Sua filha explicou:

“- Ele foi no banco.”

A dita cuja se espantou:

“- Mas um homem igual ele vai ao banco?”

Como o Grande Espírito da Coruja disse certa vez pra mim:

“- Humanos...”

Médiuns em geral são pessoas discretas, que gostam de viver de maneira simples, pagam contas, trabalham em empregos comuns, ligam para os parentes para saber como estão, se preocupam com as mesmas coisas materiais como todo ser humano. Se apaixonam, se irritam (eu até demais) e sentem medo.

Lembram-se da célebre cena do avião no filme Chico Xavier? Mesmo com a certeza de que há um outro mundo, mesmo com seu guia do lado, o grande Chico como todo ser humano tinha medo. E ele não escondeu isso de ninguém, pelo contrário, confessou isso a plenos pulmões:

“- Eu estou apavorado! Valha-me Deus minha mãezinha!”

Sou extremamente cuidadoso em falar do tema. Meus colegas de trabalho e muitos amigos sequer imaginam que eu seja médium de passagem. E os poucos que sabem não saem espalhando por aí. Quando o assunto sobre religião aparece, eu sempre desconverso:

"- Ah não acredito nessas coisas não."

Não que eu tenha de esconder isso, mas não vou anunciar a plenos pulmões. Não quero gente me cercando dizendo que isso "- é coisa do Satanás", ou pedindo pra eu ver quem ela foi em outra vida, qual espírito o acompanha etc. Existe hora e local para isso. Discrição faz parte da disciplina necessária, ficar agindo dizendo um monte de besteiras não. Por causa da mediunidade, aflorada desde a adolescência, já passei por situações bem complicadas. Já conversei com gente que não estava viva, mas eu não percebi isso na hora e conversei numa boa, depois as pessoas me olhavam e perguntavam com quem eu falava. É um tipo de situação incômoda, muito desconfortável.

Esses “membros” da “Liga da Justiça Otaku” são perfeitos idiotas. Acham que se disserem a si mesmos que tem "poderes", serão melhores do que os outros, que ao ver isso e aquilo serão especiais. Na verdade são parte de um seleto grupo:

Os mentirosos, os charlatães, os pilantras.

Um médium sério e disciplinado não precisa sair anunciando, ele simplesmente vive. A avó de Valerie é médium de passagem como eu. Na primeira vez que a vi senti isso, não vi nada, não escutei nada, porém algo me dava a sensação de que ela era ligada ao espiritual. Tempos depois que nos conhecemos melhor, ela me disse (sem eu nunca ter tocado no assunto com ela):

“- Vocês são um belo par de machos!”

Não entendi na hora, mas antes de perguntar sobre o que ela estava dizendo, ela continuou:

“- Você é um rapaz lindo com essa cara de brabo como homem tem de ser, esse cabelão loiro, e esse seu caboclo que o acompanha é muito bonito também! São um belo par de machos!”

Eu nunca havia contado a ninguém naquela casa que eu era médium, muito menos que uma das entidades que trabalho é da linha dos caboclos. Eis aí uma médium autêntica. O que torna as pessoas especiais, são quem elas são de verdade, como elas agem no dia a dia, com as pessoas que os cercam. Não me sinto melhor ou pior do que os outros, sou diferente.

Mas isso é redundante, TODO ser humano é diferente, complexo, um quebra-cabeças do qual às vezes nem ele sabe como juntar as peças. Quando minha relação com Valerie começou a se tornar mais séria me senti na obrigação de contar a ela sobre minha espiritualidade. Procurei explicar que eu era médium de passagem, pois se ela me quisesse teria de me aceitar como eu sou. Como eu e Mulher Gavião sempre falamos:

"- Faz parte do pacote."

Felizmente deu tudo certo, ela disse que sempre me achou "estranho", mas aceitou. Estamos felizes, e sei que ela me ama não por eu ver coisas ou dar passagem, mas por estar com ela no dia a dia. Certa vez Valerie disse-me que por causa dos meus dons eu era especial.

Não. Especial eu me sinto ao lado dela, da minha mãe, irmãos, dos amigos. Enfim, especial eu sou ao lado das pessoas que eu amo!

sábado, 12 de março de 2011

Voltar a Morrer - Filmes Espíritas


Este filme foi recomendado pelo meu amigo Xamã.
Voltar a Morrer - Dead Again de 1991, conta um interessante triller de suspense, onde o foco principal são as lembranças de vida passada que uma mulher assustada e desmemoriada(Emma Thompson) começa a se lembrar.


Ao tentar ajudá-la, o investigador ( kenneth Branagh) se envolve demais e percebe que também faz parte das memórias de vida passada da misteriosa mulher.


Um misterioso hipnotizador ajuda os dois nessa fascinante busca pelo passado, para resolver as questões do presente.
Robbin Willians faz um pequeno mas importante papel de um psiquiatra, no esclarecimento de Karma, regressão e lembranças de vida passada.
Confira o trailer!




O que eu mais gostei do filme, foi a parte das regressões. O cara que fez as regressões, usou a técnica do corredor, da porta, já descritas aqui.
Muito legal a forma de ver as imagens conforme a regressão vai acontecendo e as imagens que o paciente vê. E realmente interessante para quem pretende fazer uma regressão, foi bem feita essa parte!

Reencarnação - Reportagem do Fantástico

Navegando por aí, encontrei este vídeo sobre uma reportagem sobre Reencarnação que foi assunto do programa Fantástico, da TV Globo.

O interessante é a confrontação de pessoas que se lembram de suas vidas passadas e que trouxeram marcas da morte violenta que sofreram da última vida para esta nova vida.
Acompanhe!!

terça-feira, 8 de março de 2011

Os animais e a Reencarnação


Este é um tema polêmico.
Muita gente não aceita a reencarnação como forma de evolução do espírito. Muita, mas muita gente acha que os animais não tem espírito.
Então, se eu disser que os animais, além de ter espírito também reencarnam, bem, ainda bem que este blog é anônimo.

Bom, pelas minhas andanças pelo mundo espiritual e visitas de várias entidades, a reencarnação dos animais é uma coisa bem comum.
Os animais evoluem de forma diferente dos homens, e boa parte deles vem à Terra para ajudar e fazer companhia ao homem em suas missões.

Muitas vezes quando nos apegados a eles e eles partem deste mundo, é difícil, triste e como se perdessemos alguém da nossa família.
Eu e muita gente por aí, temos ligações muito profundas com os animais e quando perdemos algum em especial, realmente nos faz muita falta.

Eu já havia comentado aqui sobre meus gatos falantes, e em especial uma gata, resgatada das ruas ainda pequenina, que quando as entidades descem no meu amigo, o Xamã, ela questiona abertamente quem são e o que eles estão fazendo aqui.
Já vi muita entidade ficar boquiaberta:


-Esse gato falou comigo?

- Olha, explico eu, todos os gatos falam na verdade, mas essa daí é mais tagarela.

-Mas eu nunca vi isso, explica a entidade, assombrada.


-Afs, você que tá do outro lado, nunca viu, eu vou dizer o quê para você?
Sempre encerro o assunto um pouco irritada, por que eu acho simplesmente ridículo, espírito desencarnado ficar "assombrado" com bicho vivo.


Esta gata em particular se expressa muito bem por telepatia e quem tem um pouco de Clariaudiência, a escuta perfeitamente bem.
Mas ela é diferente dos outros e curiosa. Pergunta tudo. Nome, o que faz, onde mora, o que veio fazer etc.

Não me surpreenderia se ela fosse uma pessoa que por alguma razão teve que encarnar em um felino nesta vida.
Afinal, a reencarnação funciona para que o espírito colha experiências e assim possa evoluir.
Por que não?


Outro caso intrigante na minha casa, aconteceu com um outro gato que tenho, o Neguinho.


Hà alguns anos atrás, recolhi um pequeno gatinho preto, com poucas semanas de vida na rua. Preto, gato e muito novinho, ninguém queria.


Na época eu vivia com minha mãe e ela estava muito adoentada, não suportava cheiros, barulhos ou qualquer coisa que incomodasse seu sossego.
Apesar disso, pude ir cuidando do pequeno gato no trabalho, às escondidas.
Com o passar do tempo ele foi crescendo, ficando forte e nossos laços afetivos também.

Nunca consegui dá-lo, pois para mim era como um filho.

Depois que eu me mudei para uma casa maior, o gato sempre me fazia companhia no quintal e nas tarefas diárias. Eu o chamava e ele respondia e me seguia por toda parte.
Era um companheiro maravilhoso.
Mas certo dia, ele não voltou para casa.

Fiquei preocupada, chamei, procurei e nada. Nunca mais o vi, e temi ter sido pego por algum cachorro, cobra ou atropelado.


Nunca mais o vi.
Na mesma semana, apareceu um outro gato preto na minha casa. Eu nunca o havia visto, mas não era o meu.
Este era inteiro(o meu era castrado), menor e mais magro.
Me olhava pacientemente e não se assustou ou foi agressivo comigo quando eu me aproximei dele.
Conversei um pouco com ele, conferi que não era meu "Nego" e o deixei onde o encontrei. Ele ainda perambulou pelos arredores da casa por uma semana e depois desapareceu.


A falta do meu "Nego" foi muito grande. Embora eu tivesse outros gatos e outros animais, ele me fazia muita falta e às vezes eu chorava de noite, com saudade dele.
Para me consolar, recolhi uma gatinha preta abandonada, criamos um bom vínculo, mas nunca havia sido a mesma coisa.

Cerca de dois anos depois, tive um sonho com meu Nego. Um sonho bem lúcido, que eu me lembraria quando acordasse. No sonho, eu o abraçava e o beijava, estávamos juntos novamente.
Mas ao acordar cedo e na correira do dia a dia, não me lembrei do sonho.


Durante o dia, ao fazer as tarefas de casa, me deparei novamente com o Gato Preto "inteiro" que eu tinha visto quando meu Neguinho tinha partido. Ele estava dormindo no depósito de ferramentas, e novamente me recebeu sereno e tranquilo.

O acariciei e conversei um pouco com ele. Daí então, me lembrei do sonho com meu gato falecido e fiquei encucada com a história.

No mesmo dia, fui para uma fazenda à cerca de 40 km da minha casa, para comprar feno para meus cavalos.

Quando cheguei no galpão de feno, não tinha ninguém.
Assim que desci do carro, no fundo do galpão vazio vi uma enorme gata preta correndo e pulando assustada com minha presença.

Parei.

Minha respiração parou naquele instante.


Quando vi a gata preta correndo, lembrei do meu nego nos sonhos, lembrei do gato inteiro que havia visto pela manhã.

Era um aviso.

Quando vi a gata correndo, a ficha caiu e eu já estava começando a entender a situação toda.

Quando me aproximei do pequeno fardo de feno no fundo do galpão, eu já sabia o que iria encontrar:

Uma ninhada de gatinhos...Pretos!


Era isso que o misterioso gato preto viera me avisar:
Que meu querido Nego estava voltando para ficar comigo.


O sonho e os avisos foram claros e eu entendia tudo perfeitamente.
Quando vi tantos gatinhos pretos, já com os dentinhos formados, prontos para começar a ingerir alimento sólido, fiquei extasiada e meio confusa.

Fechei os olhos e peguei um. Era macho.

"-Espero que seja este", pensei eu.


Perguntei ao funcionário da fazenda que carregava o feno no carro, se eu podia ficar com o pequeno felino.
Ele grunhiu algo como "por mim você pode levar tudo".
E assim, meu Neguinho retornou para casa. Seus hábitos e comportamentos são idênticos ao da sua vida anterior, sua cor e tamanho também são muito parecidos.

Quanto ao gato preto inteiro e misterioso, que me avisou quando meu nego morreu e quando reencarnou, eu nunca mais o vi.




No lindo filme "Amor além da Vida" , o personagem de
Robin Williams reencontra a cachorrinha dálmata que havia sido de seus filhos, quando ele desencarna.

Acho que aos poucos a idéia de reencarnação animal vai ganhando espaço e importância de estudo e aceitação.

Percebi que ultimamente muitas publicações sobre animais reencarnados estão aparecendo.


Dicas para chamar de volta o seu querido animal desencarnado:

Estas dicas eu recebi de um bom e velho espírito boiadeiro, quando comentei as aventuras felinas da minha casa.

Ele disse que quando os animais desencarnam, eles vão para um lugar bom, onde são cuidados e tratados e eles não precisam reencarnar.
Somente voltam quando eles querem.


Pode-se acender uma vela e pedir para o seu guia que sente falta do seu animal e se o mesmo pode voltar a sua convivência. Acho que pode-se repetir o pedido umas duas ou três vezes, para reforçar a intenção.
Se o animal quiser e puder voltar para você, os guias vão te orientar por sonhos ou "dicas" para que você reencontre o seu amigo novamente.